quinta-feira, 12 de maio de 2011

REDE BRASILEIRA DE HISTÓRIA DA GEOGRAFIA E GEOGRAFIA HISTÓRICA


Foto da Reunião do dia 06/05/2011. Foto de Marcelo Werner da Silva

Nos dias 5 e 6 de maio de 2011 participei, em São Paulo, na Universidade de São Paulo (USP), da formação da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica, que procurará congregar todos os pesquisadores das áreas que participavam dos Encontros Nacionais de História do Pensamento Geográfico e dos Colóquios Brasileiros História do Pensamento Geográfico e que possa ser representativa da área nos contextos nacional e internacional. Deste objetivo central decorriam outros como a formação de um site da rede, a publicação de um periódico eletrônico e a organização do próximo Encontro Nacional de História do Pensamento Geográfico.
Minha participação aconteceu representando o Grupo de Estudos de Geografia Histórica que coordeno aqui no Polo Universitário de Campos dos Goytacazes e o Grupo de Pesquisas de Geografia Histórica (NPGH/UFRJ), coordenado pelo Prof. Maurício de Almeida Abreu.
Do evento também resultou a decisão de relançar a Revista Terra Brasilis NS (Nova Série), agora em versão eletrônica e a confirmação de um encontro nacional da área na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2012.
Marcelo Werner da Silva

domingo, 1 de maio de 2011

O papel ativo da geografia: um manifesto

Tendo em vista que no texto que analisamos Milton Santos fala sempre do conceito de território usado, acho importante incluir na discussão o texto em que esse conceito foi lançado, "O papel ativo da geografia: um manifesto", apresentado por Milton Santos e pelo Núcleo de Estudos Territoriais da USP, coordenado por ele, durante o XI Encontro Nacional de Geógrafos, realizado em julho de 2000 na cidade de Florianópolis/SC. Tal texto pode ser baixado no link abaixo e será então discutido em nossa última reunião, dia 30/05/2011.

Link do texto: http://www.ub.edu/geocrit/b3w-270.htm

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Palestra com o Prof. Ciro Flamarion Cardoso

Convido a todos para a palestra do prof. Ciro Flamarion Cardoso, que se realizará nesta sexta-feira, 29/04/2911 às 19:30 horas no Auditório do Polo Universitário de Campos dos Goytacazes da Universidade Federal Fluminense. A palestra será a aula inaugural do curso de história e terá como tema "Discussões em torno da cientificidade das ciências que se ocupam do homem em sociedade: os três modelos epistemológicos fundamentais". Pela importância do palestrante, bem como pelo tema da palestra, a mesma é imperdível.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Faleceu Murillo Marx, 1945-2011

Faleceu o prof. Murillo Marx, que escreveu obras importantes para o estudo da História Urbana das cidades brasileiras, como os clássicos "Cidade no Brasil, Terra de Quem?" e "Nosso Chão, do Sagrado ao Profano", dentre outras obras. É uma grande perda para a ciência brasileira. Abaixo o obituário publicado hoje na Folha de São Paulo:

MURILLO DE AZEVEDO MARX (1945-2011)

Professor de arquitetura da USP

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Murillo de Azevedo Marx, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tinha um bordão capaz de resumir sua personalidade, segundo a família. Era a frase "Vamos comemorar!".
Metódico e acostumado a trabalhar cerca de 14 horas por dia, era também cordial e de postura positiva com a vida, lembra o irmão, Arturo.
Toda a formação acadêmica de Murillo foi feita na USP, onde seu avô teve papel importante. Ele era neto de Fernando de Azevedo (1894-1974), educador, diretor da Faculdade de Filosofia da USP e membro da ABL (Academia Brasileira de Letras).
Filho de um militar da FAB que foi também comandante da Panair, Murillo nasceu no Rio e logo veio a São Paulo.
Formou-se em arquitetura em 1968. Fez ainda mestrado (1980), doutorado (1984) e pós-doutorado (1991). A tese de livre-docência, "Nosso Chão: Do Sagrado Ao Profano", de 1987, virou livro.
A também professora da FAU Maria Cecília França Lourenço lembra que o amigo conseguiu criar uma carreira em torno das instituições preservacionistas sem deixar de lecionar na USP.
Murillo foi diretor do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros), do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), vice-presidente do Condephaat e conselheiro da Pinacoteca.
Aos 65, dava aulas para a graduação e a pós. Muito ativo, participou de mais de 300 bancas -o último seminário que abriu foi na terça. Na sexta, morreu após se engasgar com a comida, no almoço em que comemorava a tese de um aluno. Não teve filhos.

coluna.obituario@uol.com.br

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Seminário Internacional Formas e representações do império: ciência, tecnologia e política, séculos XVI ao XIX

Se realizará na cidade do Rio de Janeiro, no período de 24 a 27 de maio, o Seminário Internacional Formas e representações do império: ciência, tecnologia e política, séculos XVI ao XIX. Maiores informações no site do evento: http://www.mast.br/semi_inter_formas_e_represent.htm
Ou clique abaixo para ver a programação (bastante interessante) do evento:


domingo, 10 de abril de 2011

NOVA SALA PARA OS ENCONTROS

Prezados participantes,
O Grupo de Estudos de Geografia Histórica, a partir de amanhã, se reunirá na SALA 207, no segundo andar do prédio novo. Isso porque a sala anterior ficou pequena para o número de participantes que temos.
Aguardo todos amanhã na nova sala!
Marcelo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mapas Históricos em Alta Resolução para Download

Mapas Históricos em Alta Resolução para Download:

http://www.bigmapblog.com/

Tabela de apresentações

Abaixo a tabela com a função dos participantes do Grupo de Estudos de Geografia Histórica 2011-1. Ela ainda não está completa, irá sendo completada nos próximos encontros. Basta clicar abaixo para ampliar a tabela.
Marcelo

quinta-feira, 31 de março de 2011

Candidados selecionados para o GEGH 2011-1

Hoje, 31/03/2011, foi realizada a seleção para o Grupo de Estudos de Geografia Histórica. O comparecimento foi expressivo e abaixo estão listados os aprovados para o grupo de estudos, que se inicia na próxima segunda-feira, 04/04/2011 às 14 horas na sala 209, no modo metálico de sala de aula da UFF.
Parabéns aos aprovados,
Att.
Marcelo Werner da Silva
Coordenador do Grupo de Estudos de Geografia Histórica

1. Ana Carolina Soares Cruz
2. Anadelson Martins Virtuoso
3. Annelize de Souza Pereira
4. Bianca Duncan Silva
5. Camila Cabral de Castro
6. Cássia Vieira Pinto
7. Elaine dos Santos Pedroza
8. Felipe Buarque de Gusmão Fernandes Borges
9. Fernanda Christina de Alvarenga Gomes Morisson
10. Gabby Maturana Teixeira
11. Gabriel Olavo Francisco Forti
12. Geane Lima de Farias
13. Gisele Azevedo da Silva Paes
14. Hebert Luiz Alves Carvalho
15. Jéssica Monteiro da Silva
16. José Augusto de Souza Candido
17. Laila de Souza Gomes
18. Livia Silva de Aguiar
19. Maria Cecília Soares Cruz
20. Marianna Rocha Antunes da Cunha
21. Matheus Pepe Crespo
22. Philipe Neto Barbosa Paixão
23. Priscila Viana Alves
24. Rafael Rodrigues Rento
25. Ranna Albino Lessa
26. Suzane Marcele Cordeiro Siqueira
27. Tatiane Cardoso Tavares
28. Thelma Tereza da Silva
29. Valéria Cristina do Carmo Dias
30. Vicente Passaglia Pereira Cantanhede

terça-feira, 22 de março de 2011

Grupo de Estudos de Geografia Histórica 2011-1

Prezados(as,
Divulgo aqui a abertura de inscrições para o Grupo de Estudos de Geografia Histórica do primeiro semestre de 2011. Neste semeste discutiremos o livro "Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal” de Milton Santos. As reuniões serão às segundas-feiras, das 14h às 17:40h, no período de 04/04/2011 a 06/06/2011. Abaixo estão sistematizadas as principais informações sobre o projeto de extensão e como ele irá funcionar nesse semestre.

OBJETIVO GERAL: discutir textos relevantes para a geografia em geral e para a geografia histórica em particular, interessando também às demais ciências humanas e sociais.

METODOLOGIA: discussão de textos na forma de seminários. Nesse semestre será discutida a obra "Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal” de Milton Santos.

PÚBLICO ALVO: Alunos de graduação dos cursos de Geografia, História, Ciências Sociais, Economia, Serviço Social, Psicologia e demais cursos da área de Ciências Humanas e Sociais; profissionais e interessados em geral.

CARGA HORÁRIA: 30 horas/aula com direito a certificado de participação emitido pela PROEX/UFF.

LOCAL: Universidade Federal Fluminense, Polo Universitário de Campos, Rua José do Patrocínio, 71 - Centro - Campos dos Goytacazes – RJ

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 4 de abril a 6 de junho de 2011

HORÁRIO: Segundas-feiras das 14:00h às 17:40h

COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Marcelo Werner da Silva do curso de Geografia da UFF/PUCG

INSCRIÇÕES: a) enviar email para gegh.uffcampos@gmail.com manifestando interesse em participar; será enviada uma ficha de inscrição para preenchimento; b) comparecer para entrevista na UFF/CAMPOS no dia 31/03/2011 (QUINTA) às 15 horas, em sala a ser oportunamente divulgada.

Atenciosamente,
Marcelo Werner da Silva
Coordenador do Grupo de Estudos de Geografia Histórica

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Capítulo 13-Os Espaços da Racionalidade, por Ana Luiza, Carlos e Tatiane

Capítulo 13-Os Espaços da Racionalidade

Por: Ana Luiza
Carlos
Tatiane


Tatiane inicia a apresentação fazendo a introdução do capítulo e expondo o primeiro subtítulo: “É possível um espaço racional?”, onde o autor explica que a racionalização foi sendo introduzida na sociedade aos poucos, ele divide a racionalidade em dois tipos: a racionalidade intencional, que se refere ao comportamento do agente econômico e a racionalidade não intencional, pertencente ao sistema econômico enquanto realidade. É citado também o pensamento de Habermas que distingue duas tendências paralelas e interdependentes, a racionalidade por cima e por baixo, onde a última resultaria de um “progresso cumulativo das forças produtivas”, ao nível de todo um território. Já Johnson fala da racionalidade do espaço, onde as coisas, ou melhor, a mecanização é introduzida nessa racionalidade. Tatiane termina completando que a técnica é responsável pela racionalização, assim como a informação, em meio a fixos e fluxos se realiza e conclui com uma pergunta chave: qual é a verdadeira racionalidade do espaço?
Ana Luiza deu início ao subtítulo: “Produção de uma racionalidade do espaço”, onde foi colocado que a paisagem é um espaço racional e de reflexão. Foi citada também a teoria de Johnson que fala da “racionalização” das paisagens americanas, utilizando o Midwest americano como exemplo de espaço irracional, experiência esta que demonstra que para se realizar um grau razoavelmente satisfatório de eficiência produtiva regional, o padrão dos lugares centrais e de suas funções precisa ser reestruturado e racionalizado. Ana Luiza também colocou que é preciso pensar o espaço de forma técnica, para ser racional ele precisa ser instrumentalizado, e que além disso, as técnicas são autorizações para “o fazer”, quanto mais artificial for o espaço, mais racional ele será. O espaço de fluxos não é abrangente, pois não abrange o território inteiro.
Outra noção citada também como restrita é a de homogeneização. As ações de homogeneidade impõem uma ordem acima das heterogeneidades, essa homogeneização só é obtida pela norma do valor produtivo.
Ana Luiza conclui afirmando que o uso mais adequado do território depende da informação. Há no objeto técnico a prévia determinação de uma racionalidade, ou seja, o seu objetivo. E que de fato, as ações humanas se adaptam aos artefatos materiais.
Carlos expôs o subtítulo: “O espaço racional”. Nesse trecho do texto o autor trata o espaço racional como espaço cibernético, uma matematização do espaço. Na explicação, ainda é citado Cournot, que anunciava em pleno século XVIII, uma era geral da mecanização, onde a história seria substituída pela estatística, seria a chamada administração das coisas. O moderno vai estar ligado às técnicas e à matemática, pois os grandes sistemas técnicos ilustram fisicamente uma dimensão característica da representação moderna do mundo.
Carlos explica que os arranjos espaciais se montam se maneiras diferentes, há lugares fora e dentro das redes.
Há espaços marcados pela ciência, pela tecnologia, ou seja, por uma alta carga de racionalidade, porém, essa racionalidade sistêmica não se dá se maneira total e homogênea, em algumas zonas ela é maior, em outras menor, ou mesmo inexistente. Um exemplo dado por Carlos é observar as lógicas diferentes no campo e na cidade, lógicas vizinhas, porém segregadas.
Ainda nesse mesmo tema, para se explicar os limites da racionalidade no campo e na cidade, é utilizada a parábola de Benjamin Coriat, quando escreveu sobre o ateliê e o cronômetro, onde no ateliê trabalha-se se modo artesanal, sem pressa, mas com a chegada do cronômetro, o trabalho cai na lógica do taylorismo. Nessa condição, o campo imita a indústria na busca permanente por precisão. Porém Carlos atenta para o fato, de que mesmo o campo aderindo á lógica da cidade, continua agindo dentro do seu tempo, com a diferença de agora depender de objetos técnicos. E fica uma pergunta, se a matriz reguladora do campo fica na cidade, sua lógica é rural ou urbana?
O autor também lança o conceito de diversidade socioespacial fazendo ligação com as ecologias sociotécnicas. Em uma mesma cidade há lógicas individuais, algumas áreas podem ser turísticas, por exemplo, onde necessita-se de técnicas para sua concretização. Carlos usa como exemplo o Porto do Açu, que transformou a lógica de São João da Barra, há uma visível diferença entre a cidade de dez anos atrás e a de dez anos a frente. Resumindo, a racionalidade de hoje é o modo de produção capitalista.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Encerramento do projeto de extensão

Prezados participantes do projeto de extensão "Grupo de Estudos de Geografia Histórica", 2010-2

Estamos chegando no final do projeto e ainda estou aguardando o envio das apresentações e dos relatórios de cada reunião. Os que recebi já postei e como podem perceber são poucos ainda.

Na reunião de amanhã, marcada para as 15 horas, a tarefa é cada equipe realizar um resumo de seu capítulo com um parágrafo (pequeno) de extensão. É necessário também trazer 15 cópias para distribuir às demais equipes.

Após a atividade realizaremos uma reunião de confraternização de encerramento, cuja organização está a cargo da Ana Carolina (carolsinharadcliffe@bol.com).

Aguardo então os textos e até amanhã!

Marcelo

Apresentação do Cap. 10 - Martins e equipe

A apresentação do cap. 10 está hospedada no endereço abaixo:
http://rapidshare.com/files/435295255/Apresenta____o_Cap._10_-_Martins_e_equipe.pdf

Relatório GEGH - 09.11.2010 - Cap. 8, por Sueleni

Ata do capítulo 8 – As unicidades: A produção da Inteligência Planetária
Aos 9 dias do mês de novembro do ano de 2010 as 15h aconteceu mais uma reunião do Grupo de Estudos de Geografia Histórica sob a coordenação do professor Marcelo Werner. Em virtude dos sucessivos feriados algumas atividades ficaram pendentes tendo que serem resolvidas neste encontro antes que começasse a apresentação do capítulo 9. Dessa forma, Valéria deu início a leitura da ata referente ao capítulo 6 intitulado “O tempo, os eventos e os espaços”. Após a leitura o coordenador Marcelo Werner fez uma pequena abordagem do capítulo 7 com a finalidade de relembrar a apresentação do mesmo.
Felipe, o comentador deste capítulo, iniciou suas considerações destacando que os períodos passam a ter intervalos menores, pois as técnicas propõe isso a medida que adquirem novas formas de energia. A informação também é peça chave nesse sistema técnico atual, uma vez que ela está contida nos objetos que por sua vez não funcionarão sem a informação. Felipe destaca a importância de pontuar essas questões, já que os mesmos estão presentes no capítulo 8. O coordenador intercede no comentário de Felipe lembrando que o capítulo 7 abre a 3ª parte do livro de Milton Santos, o coordenador destaca ainda alguns pontos como: (i) o histórico que Santos faz da periodização; e (ii) os sistemas técnicos como invasores que estão ocupando novos espaços, porém, é uma invasão com limites; (iii) e por fim aborda a evidência das técnicas da informação como principal motor da globalização. Após tais comentários o coordenador convida o grupo composto por Martins, Priscila, Elaine e Keila responsável pela apresentação do capítulo 8 para iniciarem suas considerações sobre o mesmo.
Martins iniciou sua fala explicando o seria a unicidade técnica, a emergência da unicidade técnica e do tempo e do motor único da vida econômica e social. Essas três unicidades são à base do fenômeno da globalização e das transformações contemporâneas.
Martins fez uma pequena abordagem sobre o histórico da unicidade técnica, antes os sistemas técnicos existentes eram locais, viviam isolados, cada grupo tinha sua própria técnica. Ao longo da História houve uma desterritorialização das técnicas, a saída de uma técnica local que se expande para outros lugares adaptando-se, possibilitando assim uma reterritorialização. Segundo Milton Santos isso é uma redução das técnicas existentes.
O século XVI com a expansão do capitalismo e com as grandes navegações propiciou uma “contaminação” mútua das técnicas.
O século XIX foi marcado pela afirmação das técnicas da vida social, a sua difusão teria sido atenuada por motivos políticos, Martins, no entanto, enfatizou que Milton Santos não explica muito sobre isso, apesar disso ele destacou que tais motivos políticos talvez estivessem ligados ao imperialismo. Após a Segunda Guerra Mundial ocorreu a morte dos Impérios e a criação de organismos como a ONU, FMI, Banco Mundial.
Após a periodização da unicidade técnica Martins começou a expor a questão dos ‘Sistemas técnicos hegemônicos interligados’ e deu o exemplo do computador que é igual em qualquer parte do mundo devido ao caráter sistêmico das técnicas. Martins prosseguiu falando sobre a ‘força invasora + caráter sistêmico’ das técnicas que consiste na inserção social dos indivíduos ao se utilizarem dessas técnicas como, por exemplo, o cartão de crédito que invadiu o mundo e possui um caráter sistêmico a medida que em qualquer lugar do mundo qualquer pessoa pode utilizar tal serviço. Ao falar sobre a ‘fragmentação do processo econômico’ Martins discorreu sobre a base do processo econômico das multinacionais que fabrica várias partes de um mesmo produto em diversas partes do mundo. Por fim Martins colocou a definição de Milton Santos sobre a unicidade técnica como uma das mais sucintas deste autor. Assim Martins encerrou sua parte e passou a palavra para a Priscila que começou a falar sobre a unicidade do tempo.
Priscila destaca sobre o que Milton Santos afirma ser a maravilha do nosso tempo, um privilégio de nossa geração presenciar essa simultaneidade dos eventos. Priscila ao citar o exemplo do livro que fala da morte de George Washington e da demora desta notícia deixa claro que a defasagem dessas informações era devido as distâncias e os meios para vencê-la.
Priscila destacou ainda os dois grandes momentos do ponto de vista geográfico que o mundo teve, foram eles: (i) as grandes navegações e (ii) os satélites. Assim Priscila enfatizou que esses dois fatores tornaram possível a circulação da informação que por sua vez ganhou a possibilidade de fluir instantaneamente pelo mundo. Sem a vastidão das informações não haveria sistema técnico universalmente integrado e a globalização não seria possível. Por fim Priscila destacou que apesar de todo o benefício das informações, a informação instantânea e globalizada não é veraz porque esta é intermediada pelas grandes empresas sendo concentrada e controlada. Dessa forma a idéia de aldeia global se torna equivocada a medida que nem todas as pessoas têm acesso a informação. Priscila passou a palavra para Elaine que explicou sobre o motor único.
Retomando algumas palavras de Martins Elaine iniciou dizendo que antes da 2ª Guerra mundial existiam os grandes impérios que funcionavam de forma isolada. Após a 2ª Guerra houve uma universalidade das técnicas e com a criação dos Estados-Nações houve uma padronização dos costumes principalmente o norte-americano possibilitado pela velocidade das informações.
Elaine prosseguiu sua apresentação explicitando a diferença das Multinacionais e das Empresas Globais. Antes as multinacionais possuíam maior autonomia para atuar no território, de acordo com Elaine isto se dava devido à falta de informação. Atualmente com a velocidade das informações as empresas globais estão subordinadas a sua matriz, há uma descentralização dos produtos fabricados, porém no que se refere a tomada de decisões há uma centralidade, propiciando um maior controle das empresas globais. Para finalizar sua apresentação Elaine destacou a imaterialidade das informações e como esta se torna um produto no mercado.
Elaine passou a palavra para Keila que expôs sobre a globalização financeira, destacando que a finança se tornou global constituindo a principal alavanca das atividades econômicas internacionais. O setor financeiro se tornou o verdadeiro regulador da economia. Keila finalizou falando sobre a mais-valia fugaz que tem no lucro o seu principal objetivo. E a principal ironia que Milton Santos coloca sobre a mais-valia é o seu uso para medir a economia global, no entanto, esta economia global não pode ser medida.
Após a apresentação do grupo o coordenador passou a palavra para a comentadora responsável pelo capítulo. Nina iniciou seus comentários elogiando a apresentação do grupo e destacando que a leitura que ela fez deste capítulo a lembrou muito do livro “Por uma outra Globalização” de M.Santos.
Nina destacou a apresentação do Martins e o resgate histórico feito por ele sobre a unicidade técnica. Nina pontuou a relevância deste histórico para evidenciar o caminho dos grandes sistemas técnicos até chegar a unicidade técnica. Ela destacou ainda a importância da informação como possibilidade para a globalização e sintetizou afirmando que a globalização só existe porque há uma base técnica e uma base física para isso.
Nina destaca dois pontos. A primeira seria a fábula da aldeia global, onde nem tudo ficou pequeno. O outro ponto refere-se a questão que muitos autores diante da complexidade da globalização tentam apagar o ‘espaço’, M.Santos por sua vez afirma que o espaço ganha mais importância ainda, se tornando mais importante que o próprio tempo.
Nina concluiu destacando que as grandes empresas controlam as técnicas e por isso elas se tornam perversas, pois estão concentradas nas mãos de poucos atores hegemônicos que exercem não mais uma competição e sim uma competitividade.
Após os comentários de Nina, deu inicio o debate, Elaine destacou três pontos: (i) referente a empresa global – antes a produção se dava em massa, agora com as técnicas facilitou a produção; (ii) importância do espaço – progressos que se deram junto com a informação e a telecomunicação ( como as empresas se utilizam do fuso a seu favor); (iii) Retirada do Estado na economia – a existência de uma mão invisível, porém muito eficaz. O Estado dessa forma ajuda as empresas deixando o social de lado. Candido contribui dizendo que o social não interessa para o Estado.
Hamilton chamou atenção para a existência de uma técnica de sistemas de objetos e ações e uma técnica imaterial. Para exemplificar Hamilton falou do Hospital Sírio Libanez que realiza cirurgias por vídeo conferência.
Valéria destacou sobre a importância do dinheiro exemplificando com um evento em Petrópolis onde não poderia utilizar o dinheiro para adquirir os produtos, a aquisição dos mesmos era feita por meio da troca. Com este exemplo Valéria enfatizou como foi difícil a realização de tal tarefa. Assim Elaine pontuou porque a troca é difícil dando um exemplo: para trocar uma bolsa por um livro, é necessário que uma pessoa que tenha uma bolsa queira um livro que outra pessoa que tem o livro não tenha uma bolsa e que esteja disposta a trocar. Valéria retomou a palavra destacando que atualmente o dinheiro é tão importante que se vendem até os valores morais.
Keila destacou o objetivo do lucro e sua competição desenfreada. O coordenador, Marcelo, enfatizou a especulação financeira atual, destacando a própria especulação feita no Brasil para copa de 2014 que artificialmente cria-se valor para as coisas.
Hamilton destaca a atualidade do livro e perspicácia do autor em analisar o atual em que vivemos. O coordenador, Marcelo destacou que o melhor exemplo e simultaneidade e unicidade foi a queda das torres gêmeas. Laila destacou que este evento quebrou paradigmas, completando Tatiane disse que este evento evidenciou as fragilidades norte- americanas. Felipe destacou que o poder AL Qaeda está no ataque surpresa.
Para finalizar o coordenador, Marcelo completou dizendo que este ataque foi planejado para uma sociedade do espetáculo.

Resumo Cap. 7 - O sistema técnico atual - Roberta, Cândido e Lucas

O SISTEMA TÉCNICO ATUAL

INTRODUÇÃO

As características da sociedade e do espaço geográfico, em um dado momento de sua evolução, estão em relação com um determinado estado das técnicas. Desse modo, o conhecimento dos sistemas técnicos sucessivos é essencial para o entendimento das diversas formas históricas de estruturação, funcionamento e articulação dos territórios, desde os albores da historia até a época atual. Cada período é portador de um sentido, partilhado pelo espaço e pela sociedade, representativo da forma como a história realiza as promessas da técnica.

OS PERÍODOS TÉCNICOS

A evolução milenar das técnicas permitiu a J. Attali (1982) referir-se às técnicas do corpo, às técnicas das máquinas e às técnicas dos signos; e autorizou J. Rose (1974) a propor três grandes tempos: a revolução neolítica, a revolução industrial, a revolução cibernética. De modo diferente, Ortega y Gasset (1939) também identifica três momentos nessa evolução: a técnica do acaso, a técnica do artesão, a técnica do técnico ou do engenheiro. C. Mitcham (1991, pp. 62 -63) comenta esta última periodização, dizendo que na primeira fase não há um método para descobrir ou transmitir as técnicas utilizadas, na seguinte já há algumas técnicas conscientes transmitidas entre gerações por uma classe especial, a dos artesãos. Mas aqui há apenas "destreza e não ciência". É, apenas, na terceira fase que se instala esse "estudo consciente... a tecnologia, [...] com o desenvolvimento do modo ana lítico de pensar vinculado à ciência moderna". Heidegger simplifica a questão, propondo que se reconheça uma técnica dos antigos e uma técnica dos modernos, incluindo entre aqueles os dois primeiros momentos da classificação de Ortega (Mitcham, 1991, p. 74).
Olhando o processo evolutivo das técnicas, L. Mumford (1934) também propõe agrupá -las em três momentos: um primeiro, o das técnicas intuitivas que utilizam a água e o vento, vigente até cerca de
1750; um segundo, o das técnicas empíricas do ferro e do carvão, situado entre 1750 e 1900; e um terceiro, o das técnicas científicas da eletricidade e das ligas metálicas, iniciado em torno de 1900.
Uma história geral, mas simplificada, dos instrument os artificiais utilizados pelo homem, seria resumida em três palavras: a ferramenta, a máquina, o autómato. Suas definições revelam momentos decisivos na evolução das relações entre o homem, o mundo vivo, os materiais, as formas de energia. A ferramenta é movida pela força do homem, inteiramente sob o seu controle; a máquina, também controlada pelo homem, é um conjunto de ferramentas que exige uma energia não -humana; o autómato, capaz de responder às informações recebidas, nessas circunstâncias foge ao controle humano (Laloup & Nélis, 1962, p. 34 -36).
O papel que as técnicas alcançaram, através da máquina, na produção da história mundial, a partir da revolução industrial, faz desse momento um marco definitivo. É, também, um momento de grande aceleração, ponto de partida para transformações consideráveis.
As técnicas que proporcionaram e emergiram da Revolução Industrial trouxeram ao conhecimento da humanidade uma nova categoria. E uma dimensão na estratificação social, a princípio na Europa e, posteriormente, nos territórios pelo europeus invadidos.
A classe operária, o proletariado, recém surgido, modifica, redesenha a natureza do espaço. O darwinismo social e a ciência das raças inspiram ideologias que irão intervir não apenas no processo de divisão territorial do trabalho como moldarão concomitantemente, a formação étnica das categorias sócio-ocupacionais, mediante uma divisão social do trabalho.
Esse processo, que é próprio do modo capitalista de produção, concorre para a formatação da estrutura social perversa que temos. A globalização é resultado das técnicas informacionais. Nela, a competição foi substituída pela competitividade ... a diferença entre uma e outra é que a competitividade exclui a compaixão, produz um mundo perverso. A globalização produz um globalitarismo, que reproduz a própria globalização.
O humanismo deixou de ser ordenador do mundo. O ordenador do mundo hoje é o dinheiro mas, o dinheiro em estado puro. O dinheiro em estado puro só é ordenador da vida, por causa dessa geopolítica que se instalou, proposta pelos economistas e imposta pelas empresas de comunicação de massa, que se apropriam das técnicas informacionais.

Apresentação Cap. 6 - Carlos, Tatiane, Laila e Marco

CAP. 6 - O TEMPO (OS EVENTOS) E O ESPAÇO
O texto da apresentação deste capítulo encontra-se hospedado no seguinte endereço:
http://rapidshare.com/files/435274510/Apresenta____o_Cap._6_-_Carlos__Tatiane__Laila_e_Marco.pdf

domingo, 5 de dezembro de 2010

Apresentação do Cap. 3 - O Espaço Geográfico, um híbrido, por Gisele e Sueleni

O Espaço Geográfico, um híbrido
Universidade Federal Fluminense

Gisele
Sueleni


Entre Acão e Objeto: A intencionalidade

• “ter uma idéia é ter uma idéia de algo; toda afirmacão é afirmacão de algo; toda afirmacão é afirmacão de algo: todo desejo é desejo de algo”.

• “Intencionalidade — essa nocão é igualmente eficaz na contemplacão do processo de producão e de producão das coisas; resultado da relacão entre homem e o mundo, entre o homem e o seu entorno”.

• Relacão entre sujeito e objeto;

• A proposta por (Santos apud Marcel), entre o ter e a espacialidade.

• a idéia do evento intencional está implícita na idéia
de conduta, de acão e, dentro dessa categoria geral, propõe destacar a nocão de episódio, “implícita na idéia de intencionalidade e de direcão dessa conduta e dessa acão”.

• A intencão — acão — irreversível

A nocão de episódio quadra-se bem à idéia:

Vida unitária das AÇÕES e dos OBJETOS

Producão dos eventos reproducão do espaco geográfico

• Acões se convertem em trajetórias espaco-
temporais da matéria = objetos + acão tomadas em conjunto.

• Um evento é resultado de feixe de vetores, conduzido por um processo, levando uma nova funcão ao meio preexistente.

A inseparabilidade dos objetos e das ações

• Todo e qualquer período histórico traz ao longo do tempo um novo arranjo de objetos, novos padrões e novas formas de acão. (imagem de SP)

• Kant pontua, que os “objetos mudam e criam diferentes geografias em diferentes épocas”.

• Os conjuntos formados por objetos novos e acões
novas tendem a ser mais produtivos e constituem, num dado lugar, situacões hegemônicas.

• O enfoque do espaco geográfico, como o resultado da conjugacão entre sistemas de objetos e sistemas de acões, permite transitar do passado ao futuro, mediante a consideracão do presente.

O espaço Geográfico, um Híbrido

• Espaco

sistemas de objetos e sistemas de acões

• [...]“todo sistema e toda estrutura devem ser abordadas como realidades “mistas” e contraditórias de objetos e de relacões que não podem existir separadamente”.

Uma necessidade Epistemológica: A distincão entre Paisagem e Espaco

• Paisagem X Espaço;

• Paisagem dita como Configuração Territorial;

• Paisagem - conjunto de objetos reais- concreto;

• Espaço – construção horizontal, uma situação única

• Paisagem – distribuição de formas
objetos

• Espaço – intrusão da sociedade nessas formas-objetos

• Paisagem – IMUTÁVEL

• Espaço - MUTÁVEL

• Sociedade – atribuição de novas formas
geográficas – organização do espaço;

• Dialética das formas-conteúdo –
evolução do Espaço.

• “ A paisagem é história congelada, mas
participa da história viva”. p. 107

• Funcionamento da paisagem

• “[...] A paisagem é testemunha da
sucessão dos meios de trabalho, um histórico acumulado. O espaço humano é a síntese, sempre provisória e sempre renovada, das contradições e da dialética social”.

Referência:
SANTOS, Milton. A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4.ed.1. reimpr. — São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Resumo Cap. 2 - O espaço sistema de objetios, sistemas de ação, por Cândido

O ESPAÇO:SISTEMAS DEOBJETOS,SISTEMAS DE AÇÃO

INTRODUÇÃO

No início do século, em seu livro clássico, La GéographieHumaine, Jean Brunhes propõe uma definição da geografia, mediante um exercício de aproximações sucessivas. Após redigir uma primeira tentativa, ele a considera insatisfatória. Daí uma segunda proposta e, afinal, uma terceira. O que há de original nessa démarche é que o leitor acompanha o processo de pensamento do autor, as etapas consecutivas do aperfeiçoamento de sua construção intelectual e o resultado final, que é sua definição da geografia. Tente mos, aqui, o mesmo exercício, não mais em relação à geografia, mas quanto ao espaço geográfico.

Numa primeira hipótese de trabalho, dissemos que a geografia poderia ser construída a partir da consideração do espaço como um conjunto de fixos e fluxos (Santos, 1978). Os elementos fixos, fixados em cada lugar, permitem ações que modificam o próprio lugar, fluxos novos ou renovados que recriam as condições ambientais e as condições sociais, e redefinem cada lugar. Os fluxos são um resultado direto ou indireto das ações e atravessam ou se instalam nos fixos, modificando a sua significação e o seu valor, ao mesmo tempo em que, também, se modificam (Santos, 1982, p. 53; Santos, 1988, pp. 75-85).

Uma outra possibilidade é a de trabalhar com um outro par de categorias: de um lado, a configuração territorial e, de outro, as relações sociais (Santos, 1988). A configuração territorial é dada pelo conjunto formado pêlos sistemas naturais existentes em um dado país ou numa dada área e pêlos acréscimos que os homens superimpuseram a esses sistemas naturais. A configuração territorial não é o espaço, já que sua realidade vem de sua materialidade, enquanto o espaço reúne a materialidade e a vida que a anima. A configuração territorial, ou configuração geográfica, tem, pois, uma existência material própria, mas sua existência social, isto é, sua existência real, somente lhe é dada pelo fato das relações sociais. Esta é uma outra forma de apreender o objeto da geografia.

No começo da história do homem, a configuração territorial é simplesmente o conjunto dos complexos naturais. À medida que a história vai fazendo-se, a configuração territorial é dada pelas obras dos homens: estradas, plantações, casas, depósitos, portos, fábricas, cidades etc; verdadeiras próteses.

Cria-se uma configuração territorial que é cada vez mais o resultado de uma produção histórica e tende a uma negação da natureza natural, substituindo-a por uma natureza inteiramente humanizada.

Nossa proposta atual de definição da geografia considera que a essa disciplina cabe estudar o conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ação que formam o espaço. Não se trata de sistemas de objetos, nem de sistemas de ações tomados separadamente. Nem tampouco se trata de reviver a proposta de Berry & Marble (1968) fundada na teoria de sistemas então em moda e segundo a qual "todo espaço consiste em um conjunto de objetos, os caracteres desses objetos e suas inter-relações"

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos fabricados, objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina. Através da presença desses objetos técnicos: hidroelétricas, fábricas, fazendas modernas, portos, estradas de rodagem, estradas de ferro, cidades, o espaço é marcado por esses acréscimos, que lhe dão um conteúdo extremamente técnico.

O espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus habitantes.

Há quem distinga os objetos das coisas, estas sendo o produto de uma elaboração natural, enquanto os objetos seriam o produto de uma elaboração social. As coisas seriam um dom da natureza e os objetos um resultado do trabalho. No seu famoso livro Vie dês Formes (1943, 1981, p. 4), Henri Focillon diz que as coisas - formas naturais - são obras de Deus, enquanto os objetos - formas artificiais - são obras dos homens.

O espaço geográfico deve ser considerado como algo que participa igualmente da condição do social e do físico, um misto, um híbrido. Nesse sentido não há significações independentes dos objetos. A frase de Simmel, retomada por Werlen (1993, p. 147), segundo a qual uma mesma sigficação pode instalar-se em diversos objetos e um mesmo objeto pode simbolizar diferentes significações sociais, não é aceitável quando o objeto é examinado de um ponto de vista geográfico.

Uma definição consistente do espaço geográfico não pode ser encontrada nas metáforas provindas de outras disciplinas. Nem os conceitos de espaço que essas disciplinas estabelecem podem passar, automaticamente, para a disciplina geográfica. Mesmo as ideias seminais de Einstein, como a da relatividade e a equivalência entre o tempo e o espaço, necessitam de adequação, para se tornarem operacionais em geografia. É à geografia que cabe elaborar os seus próprios conceitos, antes de tentar emprestar formulações de outros campos.

Relato da reunião de 31.08.2010 por Ana Carolina

RELATÓRIO DA REUNIÃO DO DIA - 31/08/2010

Neste dia foi apresentado o primeiro capítulo do livro de Milton Santos, “A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo. Razão e Emoção”, intitulado, “As Técnicas, o Tempo E O Espaço Geográfico”. Neste capítulo o autor salienta que a técnica durante muito tempo foi negligenciada por alguns autores. Aborda em sua obra a importância da técnica, pois esta funciona como principal elemento que faz intermédio da relação homem e meio, “a técnica é um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz e ao mesmo tempo, cria espaço” (Santos, p.29). Mas é importante ressaltarmos, como menciona o livro, que a técnica não é absoluta, embora esta ajude na interpretação do espaço, também não explica tudo, logo, podemos dizer que ela cumpre o seu papel, tem uma relevância, mas, no entanto, não é absoluta. A técnica tem toda uma historicidade envolvida em seu processo, desde a sua criação até sua operacionalidade. E de contraponto, a geografia aborda as relações sociais negligenciando a historicidade presente no espaço. A técnica nos possibilita uma melhor interpretação do espaço como já foi dito, pois esta leva em conta não só o espaço, como também a história que ele contém, tornando tempo e espaço concretos, possibilitando melhor percepção destes. Elas não só definem como também são redefinidas pelo espaço.
O coordenador do grupo, Marcelo Werner da Silva foi responsável pela apresentação da reunião levantando os pontos principais abordados pelo autor, e o exemplificou para melhor compreensão dos participantes.
O comentador Anadelson Martins Virtuoso, parabenizou o relator responsável pela apresentação e destacou no texto a questão da técnica universal (p. 58).
Durante o debate foi levantado questões, tais como, as rugosidades, que segundo Marcelo Werner da Silva, estas não implicam em uma refuncionalização, entrando em contraponto, com a idéia de outros participantes como a participante Nina Maria de Souza Barreto, que considera o termo levando em conta a sua refuncionalidade; Foi abordado, pelo participante Carlos William Maia de Oliveira Rapozo a adequação das técnicas, pois estas não são absolutas e não explicam tudo. O mesmo participante colocou em pauta as diferenças entre técnicas rudimentares e avançadas; Muito se falou também sobre a periodização, esta estuda o espaço levando em conta o contexto histórico, ou seja, o tempo. Fechamos o debate com algumas considerações finais do coordenador Marcelo Werner sobre tempo, globalização e capitalismo.

Campos dos Goytacazes, 31 de agosto de 2010.

Ana Carolina Soares Cruz.
Aluna e relatora dessa reunião.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

REUNIÃO DO DIA 16/11/2010

A reunião do dia 16/11/2010 está confirmada para as 15 horas.
Att.
Marcelo Werner da Silva

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CONFIRMADA A REUNIÃO DO DIA 09.11.2010

Estou confirmando a reunião de 09/11/2010 às 15 horas. Alguns componentes do grupo estarão em Niteroi apresentando nosso projeto na Semana de Extensão da UFF (ver no site http://www.proex.uff.br/). Porém tendo em vista os sucessivos feriados que caíram na terça-feira no presente semestre, faremos a reunião e esses participantes terão abono de faltas.
Att.
Marcelo Werner da Silva

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Grupo de Estudos de Geografia Histórica na II Mostra de Extensão IFF.UENF.UFF

O Grupo de Estudos de Geografia Histórica fará sua apresentação na II Mostra de Extensão IFF.UENF.UFF nesta quarta-feira, dia 20/10/2010, às 14:40 no Centro de Convenções da UENF. A apresentação será conduzida pelos bolsistas e se intitula "Por uma geografia do Passado". Conto com a presença de todos!
Att.
Marcelo Werner da Silva

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

REUNIÃO DO DIA 19/10/2010 CANCELADA DEVIDO À PARTICIPAÇÃO DO GEGH NA MOSTRA DE EXTENSÃO

Prezados participantes do GEGH,

Devido à realização da II MOSTRA DE EXTENSÃO IFF.UENF.UFF, que se realizará na próxima semana, entre os dias 18 a 22 de Outubro no Centro de Convenções da UENF e na qual o grupo, como projeto de extensão, estará representado, estou cancelando a reunião de terça, dia 19/10/2010, que se realizaria das 14 às 18 horas. Isto porque a apresentação do GEGH será na terça, nos períodos da manhã e tarde. Deste modo na próxima reunião combinaremos as próximas reposições.
Conto com a presença da todos no evento!
Abraços,
Marcelo

GRUPO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA HISTÓRICA ESTARÁ NA II MOSTRA DE EXTENSÃO IFF.UENF.UFF!






O Grupo de Estudos de Geografia Histórica estará representado e participará da II MOSTRA DE EXTENSÃO IFF.UENF.UFF, que se realizará na próxima semana, entre os dias 18 a 22 de Outubro no Centro de Convenções da UENF.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ATÉ O FINAL DO SEMESTRE


Apresento o cronograma de atividades até o final do semestre com as funções de cada participante. Observar que no dia 19/10/2010 teremos duas reuniões, uma das 14 às 16 horas e outra de 16 horas até as 18 horas. Isso para compensar os sucessivos feriados que teremos nas terças-feiras. Qualquer dúvidas é só escrever.
Abraços,
Marcelo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RELATÓRIO SOBRE A REUNIÃO DO GEGH DO DIA 24/08/2010

No dia 24/08/2010 iniciamos um novo grupo de estudos, agora sobre a obra "A natureza do espaço" de Milton Santos. O coordenador, Marcelo Werner da Silva, iniciou os trabalhos relizando uma rodada de apresentação dos participantes. A seguir foi feita a explanação do funcionamento do grupo. A seguir foi iniciada a leitura do Prefácio e da Introdução da obra, sendo apontado pelo coordenador as quebras presentes no texto, do raciocínio do autor, o que motivou várias discussões produtivas entre os participantes.
No final foram atribuídas as tarefas para os primeiros três capítulos, conforme abaixo:


As atribuições para os capítulos seguintes serão definidas na reunião do dia 31/08/2010.

Marcelo Werner da Silva
Coordenador e relator da reunião do dia 24/08/2010

VESTIBULAR 2011 DA UFF/CAMPOS


Inscrições para Vestibular da UFF Campos terminam na próxima semana

O prazo para as inscrições para o vestibular 2011 da UFF Campos terminará na semana que vem. O aluno que estiver interessado em se inscrever para uma das vagas terá até o meio-dia de terça-feira (31/08) para realizar as inscrições. Para se inscrever é necessário acessar o site www.vestibular.uff.br/2011. A taxa de inscrição é de R$ 115. O vestibular 2011 terá as provas realizadas em duas etapas, uma acontecerá no dia 14 de novembro e outra no dia 19 de dezembro de 2010.
A UFF em Campos oferece vagas para os seis cursos de graduação, sendo 100 vagas para cada curso, 50 para o primeiro semestre e outras 50 para o segundo. Atualmente a UFF Campos conta com as graduações de Serviço Social, Ciências Sociais; Ciências Econômicas; Geografia; Psicologia e História, sendo estes dois últimos os mais novos a serem implantados. Estudantes do município, de regiões vizinhas e de todo país poderão concorrer. Deste modo, o PUCG começará o ano de 2011 com o total de seis cursos de graduação.
O curso de Psicologia foi organizado para a formação de bacharéis, com a oferta de 100 vagas, distribuídas equitativamente no 1º e 2º semestres, em turno integral — manhã e tarde. Já o curso de História, além do bacharelado, envolve a licenciatura, com a oferta de 100 vagas, distribuídas da mesma forma, no 1º e 2º semestres, no período da noite.
São graduações inteiramente gratuitas, nas áreas de estudos das ciências humanas e sociais, o que faz com que a região e a população, sobretudo os seus jovens, tenham a possibilidade de ingressar em ensino superior público, e com o histórico de permanente busca pela qualidade, demonstração marcada nos seus 48 anos de existência em Campos.
FONTE: http://www.proac.uff.br/campos/inscricoes-para-vestibular-da-uff-campos-terminam-na-proxima-semana

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

RELAÇÃO DE PARTICIPANTES

Abaixo a lista dos participantes selecionados para o Grupo de Estudos de Geografia Histórica:
1. Ana Carolina Soares Cruz
2. Ana Luiza Peixoto Cardoso
3. Anadelson Martins Virtuoso
4. Camilla Salvadora Dias e Silva
5. Carla de Almeida Pontes
6. Carlos William Maia de Oliveira Rapozo
7. Carolina Agra Laberty
8. Elaine dos Santos Pedroza
9. Felipe Buarque de Gusmão Fernandes Borges
10. Flávio Borges Martins Mansur
11. Gisele Azevedo da Silva Paes
12. Hamilton Cassiano Dias
13. José Augusto de Souza Candido
14. Juliana Santana Ribeiro da Silva
15. Keila Pirovani da Silva Freitas
16. Laila de Souza Gomes
17. Lucas Soares Silva Povoa
18. Marco Malagodi
19. Mirila Greycy Bittencourt Cunha
20. Nina Maria de Souza Barreto
21. Priscila Viana Alves
22. Ralfe de Souza Medeiros da Silva
23. Roberta Christine de Oliveira dias
24. Sueleni Carvalho Fontes
25. Tatiane Cardoso Tavares
26. Valéria Cristina do Carmo Dias
27. Vicente Passaglia Pereira Cantanhede
28. Zilanda Barreto do Nascimento

Conforme divulgado anteriormente, as discussões se iniciam amanhã, 24/08 às 16 horas na SALA 5 da UFF/CAMPOS.
Att.
Marcelo Werner da Silva

domingo, 22 de agosto de 2010

SALA DA ENTREVISTA DE SEGUNDA, 23/08

Oriento a todos a procurar a secretaria da coordenação do curso de geografia para saber a sala em que ocorrerão as entrevistas de amanhã, 23/08 às 16 horas.
Att.
Marcelo Werner da Silva